domingo, 6 de novembro de 2011

Israel vs Palestina

No livro sagrado dos muçulmanos, o Alcorão, por meio de interpretações livres, os homens de origem israelense são interpretados como seres de menor importância e disponível ao domínio alheio. O Alcorão reúne revelações transmitidas por Deus ao profeta Maomé, por meio do arcanjo Gabriel. 

Independente das interpretações a respeito de livros sagrados como o Alcorão e a Bíblia (onde também há relatos da antiga Palestina e Israel), todo povo e sua religiosidade deve ser respeitada, sendo esta afirmação um dos artigos mais importantes da Declaração dos Direitos Humanos. 

Porém, o conflito entre árabes e judeus tem sua origem em momentos remotos da história da humanidade. A presença de judeus na antiga Palestina ocorre desde o segundo milênio antes do nascimento de Jesus Cristo. 

No ano de 635, a região da Palestina foi ocupada pelos árabes, no período conhecido como "expansão islâmica". Nos primórdios da Idade Média, a Palestina era administrada pelo Império Romano. Somente no século VII, a Palestina seria conquistada pelos muçulmanos, posteriormente viria a ser dominada pelo Império Otomano. 

Já no século XIX, boa parte do povo judeu vivia e trabalhava no Leste Europeu, uma comunidade que empreendia serviços de empréstimo de dinheiro e comércio. No decorrer desse século, por serem acusados de "roubarem" os empregos dos nativos dos países do Leste Europeu, iniciaram uma migração para a Europa Ocidental. 

Theodor Herzl, criador do movimento sionista.
Por ser um povo sem terra própria, o jornalista judeu Theodor Herzl, no ano de 1896, iniciou o movimento sionista, com o propósito de construir uma nação judaica na região da Palestina. Depois da Primeira Guerra Mundial, a Inglaterra passou a administrar a região palestina em virtude da existência do petróleo e do posicionamento estratégico. Nesse período, o então ministro das Relações Exteriores da Inglaterra, Lord Balfour, apoiou a criação de um estado judaica na região. 

Vários judeus de todas as partes do mundo reuniriam recursos financeiros e começaram a comprar grandes lotes de terras na Palestina, como eram terras férteis, o fato gerou os primeiros conflitos entre árabes e judeus no século XX. Os judeus criaram um exército, o "Haganah", para proteger as terras que passaram a receber um maior número de imigrantes judeus que fugiam da perseguição da Alemanha de Hitler. 

Antes da Segunda Guerra, em 1936, os judeus já constituíam 34% do total da população na região da Palestina. Colônias judaicas foram atacadas pelos árabes, o que forçou uma intervenção local da Inglaterra. A situação se inverteu quando a Inglaterra elaborou um projeto para limitar a imigração dos judeus à região, provocando ataques dos judeus às bases britânicas. 

Depois da Segunda Guerra, a ONU assumiu a administração da região. O então presidente dos EUA, Henry Truman, determinou a divisão da Palestina em duas partes, os judeus receberam uma região de 14.500 km² (incluindo Jerusalém)e o palestinos, 11.500 km². Em 1948, estava criado o estado de Israel. 

Desde então, os palestinos reclamam parte das terras santas como pertencentes a eles, segundo a ONU, a cidade de Jerusalém deveria ser um território neutro por derivar referência a vários credos e religiões. Segundo os árabes, os planos dos EUA e da ONU, e a criação do estado judeu era ilegal, pois os palestinos eram maioria na região. 

No ano de 1964, foi criada a OLP, uma liga dos estados árabes. Em 1967, foi desencadeada a Guerra dos Seis Dias, uma guerra preventiva por parte de Israel para a recuperação de regiões anteriormente perdidas para invasões realizadas pelos países árabes. 

No decorrer do século XX, Israel sempre teve o apoio bélico, científico, econômico e diplomático dos EUA. Enquanto que a ONU tentou intermediar o conflito que, em muitas situações não obtiveram positivos acordos em virtude de ataques terroristas de grupos palestinos e de uma postura fechada por parte da diplomacia israelense.

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